Inclusão de Novas Doenças na Lista de Notificação Compulsória

Inclusão de Novas Doenças na Lista de Notificação Compulsória pelo Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde decidiu incorporar novas doenças relacionadas ao trabalho na Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública. Esta medida foi acordada durante a 7ª reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), realizada em Brasília. Entre as doenças adicionadas estão o câncer relacionado ao trabalho, transtornos mentais, pneumoconioses, dermatoses ocupacionais, perda auditiva e distúrbios de voz relacionados ao trabalho, além das Lesões por Esforço Repetitivo/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/Dort).

Ampliação da Vigilância em Saúde do Trabalhador

A inclusão dessas doenças visa ampliar a vigilância da saúde dos trabalhadores, permitindo uma melhor identificação das causas e a intervenção nos ambientes de trabalho. A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT) busca promover a saúde dos trabalhadores de maneira transversal, reforçando a necessidade de notificação compulsória universal. Anteriormente, apenas acidentes de trabalho, acidentes com exposição a material biológico e intoxicação exógena eram de notificação compulsória.

Importância da Medida

De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), de 2006 a 2023 foram notificadas 440.921 ocorrências das três doenças de notificação compulsória anteriormente listadas. No mesmo período, foram registrados apenas 16.887 casos das seis doenças de notificação sentinela, destacando a importância de torná-las de notificação compulsória para melhor monitoramento e prevenção.

A medida representa um avanço significativo na proteção da saúde dos trabalhadores, proporcionando melhores condições para prevenção e intervenção em doenças ocupacionais. Com a ampliação da lista de notificação compulsória, espera-se um aumento na detecção e registro dessas doenças, permitindo ações mais eficazes de saúde pública.

Fontes:
Ministério da Saúde
RSData

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