No Dia Mundial do Combate à Diabetes, a APMT/SP destaca a importância do monitoramento da saúde metabólica dos trabalhadores e das ações preventivas dentro das empresas.
O Dia Mundial do Combate à Diabetes, celebrado em 14 de novembro, é uma das principais campanhas globais de conscientização em saúde, com o objetivo de alertar sobre o impacto do diabetes na vida das pessoas e a importância do diagnóstico precoce.
Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF), estima-se que 537 milhões de adultos no mundo vivam com a doença e, no Brasil, o número já ultrapassa 16 milhões de pessoas. A cada ano, milhares de novos casos são diagnosticados, muitos deles em idade produtiva, o que torna o tema diretamente ligado à saúde ocupacional.
O diabetes mellitus, especialmente o tipo 2, está associado a fatores como sedentarismo, alimentação inadequada, sobrepeso e estresse, condições frequentemente agravadas pela rotina de trabalho moderna. Longas jornadas, pausas irregulares e o excesso de demandas podem contribuir para o desequilíbrio metabólico, afetando tanto o desempenho quanto a qualidade de vida do trabalhador.
Nesse cenário, o médico do trabalho exerce um papel estratégico. É ele quem identifica precocemente alterações glicêmicas em exames ocupacionais, orienta colaboradores sobre o manejo da doença e propõe adaptações necessárias para garantir segurança e produtividade no ambiente laboral.
Além do acompanhamento clínico, o médico do trabalho é um importante agente de educação em saúde, promovendo campanhas internas de conscientização, programas de alimentação saudável e incentivo à prática de atividade física. Essas ações não apenas reduzem o risco de diabetes, mas também diminuem afastamentos e melhoram o clima organizacional.
A integração entre o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) permite um olhar mais amplo sobre os determinantes de saúde no trabalho, unindo prevenção, monitoramento e reabilitação.
Vale lembrar que o diabetes, quando não controlado, pode resultar em complicações graves, como doenças cardiovasculares, neuropatias e retinopatias, que impactam diretamente a capacidade funcional do trabalhador. Por isso, a atuação do médico do trabalho é essencial não apenas na detecção, mas também na manutenção da qualidade de vida e na reinserção profissional de quem convive com a doença.
Neste 14 de novembro, a Associação Paulista de Medicina do Trabalho (APMT/SP) reforça seu compromisso em disseminar conhecimento científico e promover práticas que integrem prevenção, diagnóstico precoce e cuidado contínuo, pilares indispensáveis para uma sociedade laboral mais saudável e sustentável.


