Enquanto vemos o que está acontecendo no mundo e ouvimos muitos governos dos países começarem a falar sobre quando e como aliviar as restrições e reabrir / reiniciar a economia, precisamos antecipar e estar prontos para este “novo normal”.
A linguagem “retornar ao normal” pode criar falsas expectativas. O que podemos esperar ver no modo de trabalho (pelo menos até que uma vacina ou uma cura viável esteja disponível) definitivamente não é o que era em janeiro deste ano. E mesmo se tivéssemos a vacina ou cura disponível agora, como saberemos que a maneira como trabalhamos em janeiro foi a maneira mais eficaz de trabalhar? Estamos aprendendo novos hábitos e novas maneiras de fazer as coisas e descobrindo recursos que certamente queremos manter e desenvolver ainda mais no futuro. Podemos usar essa situação única para evoluir para um “normal muito melhor” e ter clareza sobre o que vai mudar e o que queremos manter do que aprendemos para a saúde dos trabalhadores.
Seguem algumas dicas para ter um “novo normal”:
- NOVOS HÁBITOS:
Lave com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão, ou então higienize com álcool em gel 70%;
Mantenha pelo menos 2 metros de distância entre você e as pessoas;
Evite tocar seu rosto;
Cubra a boca e o nariz ao tossir ou espirrar – nova etiqueta social;
Evite fumar e outras atividades que enfraquecem os pulmões;
Pratique o distanciamento físico, evitando sair de casa sem necessidade e afastando-se de grandes grupos de pessoas (aglomerações);
Evite a lotação de elevadores em apartamentos de forma a garantir o distanciamento;
Não toque em nada antes de higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel;
Tome banho ao retornar da rua. Quando não puder, lave bem todas as partes expostas;
Tenha contato com outros membros da família somente após tomar banho;
Tire os sapatos fora de casa e higienize imediatamente;
Tire as roupas e coloque em uma sacola plástica antes de colocar no cesto de roupas;
Deixe bolsas, carteiras e chaves em uma caixa na entrada da casa;
Higienize as embalagens que tenham sido trazidas de fora antes de guardá-las;
Elimine capachos e demais tapetes que juntam poeira na soleira da casa;
Evite abraços, beijos e apertos de mãos. Adote um comportamento amigável sem contato físico, mas sempre com um sorriso no rosto;
Higienize com frequência o celular, óculos e os brinquedos das crianças;Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos;
Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados;
Se estiver doente, evite contato físico com outras pessoas, principalmente idosos e doentes crônicos, e fique em casa até melhorar;
Durma bem e tenha uma alimentação saudável;
Utilize máscaras caseiras ou artesanais feitas de tecido em situações de saída de sua residência.
- MODERE SUA ATUALIZAÇÃO DE NOTÍCIAS
Você pode assistir e ler todas as fontes de mídia disponíveis ou optar por evitar o tópico completamente para se concentrar em coisas “mais felizes”. Informações e atualizações sobre o COVID-19 são importantes, mas escutar ou ler notícias o tempo todo induz ansiedade e pânico e é contraproducente.
Estabelecer limites pessoais e limitar suas atualizações de mídia a sites governamentais atualizados pode ajudá-lo a se manter informado sem provocar ansiedade ou preocupação. Estes sites podem ser:
- Organização Mundial de Saúde
- CDC (Centro de controle de doenças)
- Ministério da Saúde
- CUIDE DA SAÚDE EMOCIONAL DE SI E DE SEUS FAMILIARES
Reserve um tempo para relaxar.
Conecte-se com familiares e amigos (telefone, reuniões virtuais, etc.).
Compartilhe suas preocupações e como você está se sentindo com outras pessoas de confiança.
Tente fazer outras atividades que você goste.
Observe estes sinais comuns de angústia:
– Sentimentos de dormência, descrença, ansiedade ou medo;
– Mudanças nos níveis de apetite, energia e atividade;
– Dificuldade de concentração;
– Dificuldade para dormir ou pesadelos e pensamentos e imagens perturbadoras;
– Reações físicas, como dores de cabeça, dores no corpo, problemas de estômago e erupções cutâneas;
– Agravamento de problemas de saúde crônicos;
– Raiva ou irritabilidade;
Se a aflição estiver afetando sua vida e atividades diárias, procure auxílio psicológico, como por exemplo o Centro de Valorização da Vida (CVV) através do telefone 188. O serviço é gratuito e funciona 24h por dia.
CVV
Telefone: 188
E-mail: atendimento@cvv.org.br
- AJUDE OS SEUS FILHOS
As crianças respondem de maneira diferente a situações estressantes. Quando pais e cuidadores lidam com o COVID19 com calma e confiança, eles podem fornecer o melhor suporte para seus filhos. Como pais, professores e outros adultos veem crianças em diferentes situações, é importante que trabalhem juntos para compartilhar informações sobre como cada criança está lidando.
Converse com seus filhos sobre a doença:
- Tente manter a calma e assegure-lhes que eles estão seguros;
- Ofereça às crianças oportunidades de falar sobre o que elas passaram ou o que pensam sobre a doença;
- Incentive-os a compartilhar preocupações e fazer perguntas.
Nem todas as crianças e adolescentes respondem ao estresse da mesma maneira. Algumas alterações comuns a serem observadas incluem:
- Choro ou irritação excessiva em crianças pequenas;
- Preocupação ou tristeza excessiva;
- Alimentação ou hábitos de sono não saudáveis;
- Irritabilidade em adolescentes;
- Dificuldade de atenção e concentração;
- Dores de cabeça inexplicáveis ou dores no corpo.
- TENHA CUIDADO COM SEU CORPO
Respire fundo, alongue ou medite.
Coma refeições saudáveis e equilibradas.
Exercite-se regularmente.
Durma bastante.
Pratique o mindfulness.
“Tudo pode ser tirado de nós, exceto uma coisa: a liberdade de escolher nossa atitude em qualquer conjunto de circunstâncias” ~ Viktor Frank